4 de out. de 2011

Arquiteturas do Aço: O Futuro Sustentável com o Aço

Inovações na construção de aço ajudam a economia sair do descarte para um modelo voltado para a ecoeficiência. A construção metálica, com o uso do ferro em escala industrial, ganhou impulso em meados do século XIX, associada ao processo de industrialização dos paises participantes da Revolução Industrial.
Ao mesmo tempo, as ferrovias disseminavam as estruturas metálicas. Desenvolveram-se as teorias de cálculo estrutural, pesquisas de materiais, ensaios, detalhes de ligações, técnicas de montagem. Em 1851, iniciou-se a era dos grandes edifícios metálicos.
Em 1872, a primeira fábrica antecipou elementos estruturais da moderna construção com esqueleto de aço: as laterais do edifício apoiadas em vigas em balanço e a estabilidade lateral do prédio, garantida por rede de diagonais, como no contraventamento de modernos arranha-céus. 
Tratados políticos-comerciais com a Inglaterra ocasionaram o aparecimento dos primeiros edifícios e pontes de estrutura metálica no Brasil. Essa importação se justificou pelo alto grau de desenvolvimento técnico dos fabricantes, que asseguravam aos compradores produtos funcionais, racionais e duráveis, e pelo atraso da siderurgia brasileira.
A produção interna de aço só tomou impulso na década de 40, com a criação da CSN. Na década de 50, a siderurgia brasileira teve novos estímulos. Nessa época, de elevadas taxas de industrialização e da política de substituição de importações de bens de consumo duráveis e de bens de capital.
Várias siderúrgicas foram instaladas no país, mas para atender a estas indústrias. Por isso, desde a década de 30 no século passado, a construção civil no país privilegiou o concreto e a alvenaria.
Diante de todo esse desenvolvimento, entre os grandes desafios da humanidade para o século XXI, o tema mudanças climáticas é um dos mais urgentes. Recentemente, José Armando de Figueiredo Campos, presidente do IBS e do CEBDS-Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, divulgou documento "Fatos e Tendências para 2050" da entidade congênere mundial, "WBCDS - World Business Council for Sustainable Development", e ressaltou "que todos tomem as decisões certas.
Não há outro futuro a não ser o futuro sustentável". Recentemente, também, o professor Alfeu Trancoso afirmou que "A forma civilizatória atual, baseada em paradigmas ainda da Revolução Industrial do século XIX, se revela antiecológica e incompatível com um desenvolvimento auto-sustentável". O homem não pode negligenciar o fato de que, como espécie dominante, vive também num ecossistema integral (atmosfera, hidrosfera,litosfera e biosfera), sendo apenas um elo dessa cadeia. 
A solução estrutural deve ser escolhida em razão dos benefícios, dando ênfase não apenas a uma única análise comparativa como custo, peso ou tempo de uma construção. Há outros fatores que devem ser avaliados pelo seu valor agregado, custos econômicos, de produtividade e de sustentabilidade.
A opção entre os materiais e os novos sistemas só pode ser assim decidida de forma racional após a análise conjunta de todos os fatores que influenciam a organização dos espaços e os interesses do cliente.
O equilíbrio racional preconizado pelo desenvolvimento sustentável deve substituir o modelo de visão que prevaleceu até hoje e, historicamente, pôs em campos opostos progresso socioeconômico e conservação ambientaI. 

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