A Arquitetura Paisagista, arte de ordenar o espaço exterior em relação ao Homem, ou seja, a paisagem, unidade geográfica, ecológica e estética, resultante da acção humana e da reação da natureza. Hoje a paisagem não surge espontaneamente equilibrada mas constitui um espaço onde o somatório dos projetos setoriais têm conduzido, como a agricultura e a silvicultura, à exploração exaustiva dos recursos naturais, à construção indiscriminada de conjuntos edificados e fábricas e à implantação consequente das infra-estruturas necessárias a cada setor, tais como auto-estradas, pontes, aeroportos e barragens.
Ao arquiteto paisagista, compete o papel de criar, em qualquer paisagem que é o suporte das comunidades humanas, a melhor forma de considerar e desenvolver os seus valores culturais e recursos biofísicos. Para isso, há que considerar, no plano, a síntese dos pontos de vista culturais, económicos, técnicos e biológicos. O arquiteto paisagista, tendo “ o Homem como centro de todas as mudanças”, terá de ordenar as diferentes formas de vida autônomas, na sua essência biológica, sujeitas a uma evolução pré concebida e cíclica no tempo.
O paisagista é um profissional cada vez mais valorizado, diferentemente de alguns anos atrás, que era visto como jardineiro. Ele é responsável pelo estudo e planejamento dos espaços, pelo desenho do projeto (a mão livre ou no computador) e pelo gerenciamento da implantação e manutenção.
A origem da profissão de paisagista remonta as culturas antigas, da Pérsia e Egito à Grécia e Roma no tratamento de seus jardins. Durante a Idade Média o interesse pelo espaço exterior diminuiu, porém, com o Renascimento, foi revivido com esplendidos resultados na Itália e deu origem às vilas ornamentadas, jardins, e grandes praças exteriores.
JARDIM CLÁSSICO FRANCÊS.
Posteriormente este movimento chegou à França, originando o estilo clássico francês, com a construção de grandes jardins de palácios como o de Versailles, no século XVII, projetados por André Le Notre, onde a simetria e poda das plantas era bastante rígida.
Tais fatos influenciaram profundamente os castelos e jardins urbanos da França do século XVII, onde a arquitetura da paisagem e o projeto alcançaram níveis de sofisticação e formalidade. Os projetistas tornaram-se muito conhecidos, como Andre Le Nôtre, que projetou os jardins de Versailles e Vaux-le-Vicomte, que está entre os mais famosos dos precursores da atual arquitetura da paisagem.
No século XVIII, a maioria dos "jardineiros paisagistas" ingleses, como Lancelot "Capability" Brown, que remodelou o espaço exterior do Blenheim Palace, rejeitou a ênfase geométrica da França em favor da imitação das formas da natureza. Uma exceção importante foi Sir Humphrey Repton. Ele reintroduziu a estrutura formal no projeto da paisagem com a criação dos primeiros grandes parques públicos como o Victoria Park em London (1845) e o Birkenhead Park em Liverpool (1847).
No século XVIII, paisagistas ingleses, como Lancelot "Capability" Brown, apresentam o conceito de jardim com formas mais orgânicas e naturais, consolidando o estilo de jardim inglês, que era naturalista.
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