Fonte da Reportagem: Correio Braziliense
A propósito de combogó ou cobogó, valem os dois, segundo o Houaiss (o Aurélio não cita a variação com M). Mas, a rigor, é cobogó -- a junção das duas primeiras letras dos sobrenomes dos caras que começaram a fabricar em concreto o elemento vazado que aumenta a ventilação e a iluminação dos prédios.
Na década de 1930, lá em Pernambuco, o mestre-de-obras português Amadeu Oliveira Coimbra (CO), o ferreiro alemão Ernest Boekman (BO), e o engenheiro brasileiro Antônio de Góis (GO) se juntaram para fabricar o elemento vazado e deram a ele o nome de cobogó. Foram, portanto, os pernambucanos que sistematizaram o uso do cobogó, segundo me contou, faz algum tempo, o professor de arquitetura Maurício Rocha de Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1934, os arquitetos Luís Nunes e Fernando Saturnino de Brito projetaram a Caixa d´Água de Olinda, a primeira construção modernista de Pernambuco e uma das primeiras do país. “Um castelo d´água”, no dizer de Lauro Cavalcanti, historiador de arquitetura. “De uma quase desconcertante radialidade modernista”, nas palavras de Cavalcanti. Como a obra ficava num terreno muito alto, decidiu-se pelos cobogós (ou combogós) para permitir a passagem do vento.
A variação combogó é de mais fácil pronúncia. Cobogó parece um salto triplo fonético.
Na década de 1930, lá em Pernambuco, o mestre-de-obras português Amadeu Oliveira Coimbra (CO), o ferreiro alemão Ernest Boekman (BO), e o engenheiro brasileiro Antônio de Góis (GO) se juntaram para fabricar o elemento vazado e deram a ele o nome de cobogó. Foram, portanto, os pernambucanos que sistematizaram o uso do cobogó, segundo me contou, faz algum tempo, o professor de arquitetura Maurício Rocha de Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1934, os arquitetos Luís Nunes e Fernando Saturnino de Brito projetaram a Caixa d´Água de Olinda, a primeira construção modernista de Pernambuco e uma das primeiras do país. “Um castelo d´água”, no dizer de Lauro Cavalcanti, historiador de arquitetura. “De uma quase desconcertante radialidade modernista”, nas palavras de Cavalcanti. Como a obra ficava num terreno muito alto, decidiu-se pelos cobogós (ou combogós) para permitir a passagem do vento.
A variação combogó é de mais fácil pronúncia. Cobogó parece um salto triplo fonético.
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