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20 de jul. de 2011

Decoração: Cadeiras Thonet

Quem nunca teve uma gracinha como essa ou nunca brincou numa dessas na casa da vovó! Pois é lendo em uma revista dessas de design me deparei com essa cadeirinha e lembrei dos bons tempos em que me balancei na cadeira do vovô!

Cadeira de balanço Thonet - Fonte: A Lamparina
Com século e meio de vida e mais atual do que nunca! A primeira cadeira produzida em massa nasceu em 1859, na cidade de Viena, na Áustria, pelas mãos de Michael Thonet. Seu design simples, funcional e econômico resistiu ao tempo. Hoje, aos 152 anos, completados neste ano, o modelo 214 (como é conhecida a primeira Thonet) continua na moda. A madeira envergada e o assento de palha sempre foram os trunfos da marca. A peça passou a ser sinônimo de elegância e conquistou, além de casas, muitos bares e restaurantes ao redor do mundo. A empresa, sob comando da quinta geração da família, ainda produz móveis assinados por Michael Thonet, mas nada faz tanto sucesso quanto o design do modelo 214.
Michel Thonet - Design de Cadeiras
Michael Thonet participou da história do mobiliário por suas perfeitas formas curvas feitas com a madeira, matéria-prima padrão de seu trabalho. Ele conseguia o formato curvilíneo por meio de um processo de aquecimento e molde da madeira, que fora patenteado em 1856, tornando-o o maior (e melhor) produtor de madeiras curvas. Além disso, havia outra particularidade no mobiliário Thonet: as cadeiras eram desmontáveis. Outra característica marcante de seu mobiliário é o “estofamento”. O encosto e o assento são geralmente feitos de palha entrelaçada. Suas “cadeiras de vovó” revolucionaram o sistema de produção e trouxeram um conceito novo do sentar. Com 150 anos, mas com corpinho e design atuais.

Modelos Atuais - Fonte: Reiciclando Arte
Atualmente existem variações do modelo, mas a essência Thonet continua a mesma. O original é com o assento de palha. Hoje temos assento de madeira ou de tecido. Outra adaptação são as cores. É possível encontrar o modelo na cor dourada, amarela, vermelha, azul, entre outros tons.
As cadeiras Thonets traduzem bem o conceito da Revolução Industrial que estava em seu apogeu no século XIX. O processo produtivo foi uma das grandes mudanças ocorridas, que causou impactos sociais e econômicos. A chamada maquinofatura concentrava o trabalho nas fábricas, em que o trabalhador era agora o operário e não mais o comerciante de sua própria produção. Os produtos se tornavam mais baratos e acessíveis, pelo sistema de produção em série.
Thonet não produzia apenas para a burguesia e isso ajudou a popularizar seu mobiliário e, consequentemente, torná-lo um sucesso. Sua cadeira nº 14 foi um sucesso, com o seu design simples e inovador. Posteriormente, grandes nomes da Bauhaus, como Mies Van der Rohe, inclusive a usavam para compor ambientes modernos. Até 1930, 75 anos após a criação da cadeira 14 , ele já havia vendido 30 milhões desse modelo. A cadeira que era há muito popular, hoje é um objeto de luxo, tal qual tantas outras assinadas por grandes nomes do design.







Fonte:
  1. ANTAR, Natalie. Cadeira Thonet: 150 anos de história. Revista Casa e Jardim On Line. Disponível em: http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI99613-16940,00-CADEIRA+THONET+ANOS+DE+HISTORIA.html 
  2. A clássica Thonet. Bl og A Lamparina Design. Disponível em: http://lamparinadesign.blogspot.com/2011/04/classica-thonet.html





4 comentários:

  1. Bruna, parabéns pela bela empreitada do blog. Gostei muito!
    E sobre as cadeiras Thonet, só uma curiosidade: visitei a cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, no começo deste ano. Lá existe um museu-memorial na casa de uma família tradicional da cidade, onde há uma sala de jantar com várias das cadeiras Thonet originais do começo do século. Um pequena joia!
    Grande abraço!
    Leandro.

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  2. Obrigada Prof.
    Quando for ao RJ vou fazer o possível para ir lá.
    Volte sempre!
    Abraços
    Bruna.

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  3. Amei! Estou de longe me deliciando com tudo isso! Vc é o máximo! Um beijo grandão!

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  4. Obrigada Amiga!
    Comentários me servem de incentivo e inspiração para escrever mais!
    Beijo Grande!

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